domingo, 30 de junho de 2013
Jardim Ecologicamente Correto
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O projeto foi idealizado em 2008 por Kátia Rotmeister visando promover em Juiz de Fora / Minas Gerais atividades em diversas comunidades que levassem à todos a consciência de que podemos transformar nosso mundo num lugar infinitamente melhor e que a iniciativa está em nossas mãos.
Trata-se acima de tudo de um projeto itinerante que busca formar núcleos por onde passa e lá deixar multiplicadores com uma nova visão do reaprender a aprender, do aprender a ser, fazer, conhecer e conviver. Trazendo assim benefícios a todos da comunidade.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
- Crescem rápido: usam uma alta eficiência de água;
- Excelente adaptação climática;
- Apresentam um curto intervalo entre floração e germinação;
- Perenes, geneticamente poliplóides e facultativamente auto compatíveis;
- Apresentam estruturas para dispersão, e germinam em quase todos os substratos úmidos sem uma fertilização específica;
- Alta dormência;
- Alta longevidade;
- Alta produção, produção contínua;
- Considerada, em alguns casos, como praga
Tipos de ervas daninhas As ervas daninhas são classificadas com base no formato das folhas, em seu ciclo de vida e em sua preferência por um clima ou estação.
•De folhas largas ou gramíneas? As folhas das ervas daninhas têm uma infinidade de formatos, mas as gramíneas, de folhas estreitas e longas, se distinguem claramente, sendo que todas as demais pertencem ao grupo de folhas largas, As ervas daninhas de folhas largas têm sementes com um par de órgãos de armazenamento os quais, após a germinação, se transformam nas primeiras ‘folhas’, na verdade, os cotilédones – daí o outro nome usado com freqüência: dicotiledôneas. •As gramíneas são monocotiledôneas. Há algumas exceções nas quais uma monocotiledônea incomum pode ter folhas largas, como as ervas daninhas do gênero Commelina, importantes região tropical. Outra classe semelhante às gramíneas com relativamente poucos membros são os caniços. Elas são importantes porque são difíceis de controlar. Na verdade, a tiririca, junça ou “barba de bode” (Cyperus rotundus) já foi chamada de “pior erva daninha do mundo”. • Tiririca, junça ou "barba de bode": um caniço perene (Cyperus rotundus).Anuais ou perenes? As anuais germinam, florescem e produzem sementes em uma só estação. As perenes têm órgãos de armazenamento subterrâneos, geralmente rizomas, que possibilitam seu crescimento por muitos anos. Elas podem se reproduzir tanto através de sementes quanto pela extensão do rizoma, do qual crescem plantas filhas. Um terceiro tipo germina em uma estação e floresce na outra. São as chamadas bianuais. O inverno as faz ‘soltar’ um ramo alto florescente. •Estação fria ou estação quente, etc.? As ervas daninhas evoluíram para crescer melhor em temperaturas e duração do dia específicas. Isso tende a definir o tipo de lavoura onde são encontradas e em que época germinam, por exemplo, anuais de inverno ou anuais de verão. Além disso, em climas tropicais com estações secas e chuvosas, algumas espécies tendem a predominar mais em uma estação do que na outra. e sua doacão de pólem, sendo carregada pelo vento, animais e insetos.
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A "Evoluir, Educação e Sustentabildiade" acaba de lançar o projeto "Uma Vida Sustentável" destinado ao ensino e aprendizagem sobre sustentabilidade para o público infanto-juvenil
O projeto consiste em uma série de eventos itinerantes onde as crianças participam de uma jornada de aprendizagem com três estações: meio ambiente/sustentabilidade, alimentação regional e consumo consciente. Essa jornada é composta por:
- Exposição com painéis interativos
- Oficinas ludo educativas para as crianças
- Vídeo com os personagens “Heróis” sobre o tema do projeto
- Workshops para os educadores sobre o tema do projeto.
sábado, 30 de outubro de 2010
Physalis Usada na medicina popular e consumida in natura ou como ingrediente de receitas culinárias, a fruta tem potencial para gerar lucro ao pequeno e médio produtor |
Num país de enormes proporções como o Brasil, não é de se estranhar que algumas plantas sejam conhecidas por nomes regionais diferentes. Mas, às vezes, também acontece o inverso: plantas distintas partilhando um único apelido. Quando isso ocorre, só mesmo o nome científico para evitar confusões. É assim com o juá, que tanto pode designar a saborosa Physalis angulata quanto a tóxica Solanum mammosum - não por acaso, também chamada de juá-bravo. Talvez isso explique o porquê de a primeira ter se imposto no mercado com sua denominação científica. A physalis (lê-se fisális) é uma fruta comestível da família das solanáceas, a mesma do tomate, da beringela, da batata e do pimentão. Ela também é conhecida como camapum, saco-de-bode, mulaca, joá e joá-de-capote. Pequena, redonda e de cor verde, amarela, laranja ou vermelha, nasce em arbusto de caule ereto e ramificado - que pode atingir até 2,5 metros de altura quando tutorado. Em seu desenvolvimento, a physalis fica dentro de um casulo feito de folha fina e em formato de cálice.
Rica em vitaminas A e C, fósforo e ferro, além de conter flavonoides, alcaloides e fitoesteroides, a physalis tem, ao mesmo tempo, sabor doce e ácido. Mais consumida in natura, ela também é ingrediente para molhos, compotas, doces, geleias, sorvetes e licores. Folhas, frutos e raízes são usados na medicina popular para combater diabetes, reumatismo crônico, doenças de pele, da bexiga e do fígado. Usada na culinária e dotada de componentes que beneficiam a saúde, a fruta é considerada uma ótima alternativa de plantio, que pode render lucros ao pequeno e médio produtor. A embalagem de 80 gramas de physalis importada custa de 8 a 10 reais no varejo paulista. Seu comércio é bastante explorado na Colômbia, um dos locais apontados como sendo de origem da fruteira - também há indicações de que ela seja proveniente da Amazônia. De ciclo rápido e rústico, pode ser plantada em qualquer época do ano e se adapta bem ao clima quente, embora tenha tolerância a ambientes frios. Mas a planta não gosta de excesso de umidade e é vulnerável a doenças fúngicas. Também é recomendada a adoção de métodos de prevenção contra pragas como broca pequena, tripes e ácaros.
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Rosa Considerada símbolo do amor, a “rainha das flores” agrada a todos, floresce o ano inteiro e tem mercado garantido no país e no exterior |
Não importa se vermelha, amarela, branca ou outra das diversas cores e nuances que possui, a rosa, a mais cobiçada das flores, é a celebração do amor, da compaixão e do carinho entre amantes, familiares, amigos e povos desde a Antiguidade. Como enaltece a planta a antiga canção do mestre compositor Pixinguinha, trata-se de "divina e graciosa estátua majestosa do amor". Dotada de tanta simbologia, a rosa tem muita procura para as mais variadas celebrações, assegurando bons lucros para produtores e comerciantes. Com mais de 200 espécies silvestres, cujos cruzamentos ao longo do tempo deram origem a mais de 30 mil versões híbridas, a rosa é cultivada em qualquer estação do ano, oferecendo muitas opções de plantio e boas oportunidades de mercado em todo o país. Embora não gostem de umidade, hoje já existem roseiras mais resistentes e adaptadas a diferentes condições climáticas. Um exemplo disso é a concentração dos maiores produtores de rosas do mundo em Israel, onde os meses de inverno e verão são muito distintos. Com altas temperaturas e ambiente seco, o Nordeste é a região daqui que tem registrado produção crescente. Da família das rosáceas, a planta é encontrada nas variedades arbustiva, cerca-viva, híbrida-de-chá, minirrosa, rasteira, sempre florida, biscuit e trepadeira. Todas apresentam a exuberância inerente à flor, com pétalas em diferentes formatos e aroma de perfume suave. Há opções para plantios em canteiros e em vasos, mas os cultivos devem ser sempre realizados em terra fofa e de qualidade. Em regiões como o Nordeste e o Cerrado, onde o solo é mais alcalino, recomenda-se o uso de pelo menos 50 gramas de calcário por metro quadrado. A obtenção de novos exemplares é um dos desafios instigantes de quem produz rosa, desde que o profissional conte com muita experiência. O fascínio do ofício é retratado na novela Alma gêmea, em reprise na TV Globo. Na ficção, o protagonista, que é um botânico de sucesso no desenvolvimento das mais belas rosas, cria um exemplar especial para sua amada. Mais uma referência da sublimação do amor contida na imagem da flor.
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Como plantar um gramado usando sementes
2006 Publications International, Ltd. Cubra as sementes raspando o solo com um ancinho |
Primeiramente decida que tipo de grama você quer plantar. A maioria dos tipos de grama são gramas de inverno que ficam verdinhas rapidamente e que podem entrar em período de semi-dormência no período quente do verão. As gramas da estação quente, como a grama esmeralda, ficam verdes mais tarde, mas sobrevivem ao clima mais quente do verão.
Existem basicamente dois tipos de gramas de jardim, aquelas em touceira e as rasteiras. As gramas em touceira espalham-se lentamente a partir de novos brotos na base da planta. As gramas rasteiras, que compõem a maior parte das gramas de jardim, se espalham através de rizomas ou estolões, ramificações que rastejam sobre ou logo abaixo do nível do chão, formando brotos na ponta.
As duas espécies formam tapetes espessos se elas forem bem cuidadas. As gramas rasteiras formam um gramado melhor para áreas de tráfego intenso. Então é preciso levar em consideração a zona climática aonde você mora. Nem todas as variedades crescem sob qualquer condição.
Em seguida, faça um teste do seu solo. Informe ao laboratório especializado em testes de solo sobre o tipo de grama que você pretende plantar e eles farão as recomendações necessárias. Acrescente adubo e fertilizante, se for necessário, de acordo com o relatório de teste do solo.
Aplaine o solo; acerte o terreno e adicone terra às depressões. Não use o subsolo na camada superficial; os gramados precisam de um solo bem drenado para que as raízes cresçam. Entulho de construção embaixo da superfície impede que as raízes cresçam profundamente, fazendo com que algumas partes da grama morram. Cultive o solo completamente, removendo pedras, raízes, torrões e resíduos. Use um ancinho para nivelar a área e laminar o solo, prevenindo irregularidade. Se você estiver recuperando pequenas partes da grama, siga os mesmos passos em uma proporção menor.
Depois que o solo estiver nivelado, você pode plantar a semente. Plante a grama de inverno no início do outono para que ela tenha de quatro a seis semanas para se fixar antes que venha a geada. Espalhe as sementes manualmente na proporção recomendada no pacote.
Use um ancinho para cuidadosamente fazer com que a semente penetre 0,3 cm abaixo do nível do solo; a semente que é plantada muito fundo não vai germinar. Passe um cilindro compactador de solo na superfície para garantir um bom contato entre o solo e a semente.
Espalhe palha para fazer uma leve cobertura sobre o terreno onde foram plantadas as sementes, o suficiente para que metade do solo fique exposto. A palha vai ajudar a sombrear o solo e as mudas, evitando que elas fiquem secas rapidamente.
Mantenha a camada superior do solo constantemente úmida e de forma uniforme. A irrigação excessiva com um regador automático não é recomendada porque a semente pode ser levada pela água. Regue com um pulverizador várias vezes por dia até que as mudas fiquem fortes o suficiente para suportar a irrigação normal.
Como plantar placas de grama
A maneira mais rápida de plantar um gramado é usando placas de grama, que é a grama produzida comercialmente. Ela está disponível nas variedades para estações quentes e frias. As placas são vendidas para serem plantadas como um gramado pronto.
Para plantar as placas, remova as irregularidades do solo e certifique-se que ele esteja perfeitamente liso. Morros e depressões são difíceis de serem reparados depois da colocação. Desenrole os rolos de grama e coloque-os no lugar. Sem esticar ou amontoar as placas de grama, encaixe-as como um quebra-cabeça. Corte pedaços irregulares com uma pá ou faca.
2006 Publications International, Ltd. Faça a compactação das placas recém plantadas com um rolo para garantir que as raízes fiquem em contato com o solo |
Preencha quaisquer juntas visíveis com uma camada de solo, deixando o nível final 2,5 cm abaixo do nível de semeadura. Faça a compactação do novo gramado para garantir o contato entre as raízes e o solo. Placas de grama recém plantadas precisam ser regadas regularmente, até que as raízes estejam tão bem aprofundadas que você não consiga mais tirar as placas de grama.
O gramado para estações frias pode ser plantado em qualquer época do ano, desde que o chão não esteja congelado. O gramado para estações quentes deve ser plantado na primavera ou verão.
Plantando um gramado usando mudas
2006 Publications International, Ltd. Plante pedaços ou mudas de grama a 30 cm uma da outra |
Gramas de jardim que se espalham rapidamente, como a Zoysia e a Bermuda, crescem rapidamente quando plantadas em pedaços ou mudas. As melhores variedades de grama para estações quentes estão disponíveis apenas em forma vegetativa: placas, mudas ou brotos.
Prepare o solo como você faria se fosse plantar as sementes de grama. Compre mudas de boa qualidade de uma variedade de grama que seja adequada ao seu clima. Uma muda é um pedaço de grama de 5x5 cm do tipo de grama que se espalha. As mudas são plantadas individualmente, a uma distância de 30 cm uma da outra, durante a estação quente. Quando bem cuidadas, as raízes se aprofundam e se espalham rapidamente por rizomas ou estolões.
Use uma tábua de 2,5x30 cm para espaçar as mudas a 30 cm uma da outra. Usando-a como orientação, plante uma fileira de mudas nivelada com o solo; pressione cada uma delas levemente contra o solo. Comece a segunda fileira a 30 cm da primeira fileira. Mantenha a grama regada até que ela se estabeleça.
Estolões são pedaços de grama que foram separados em rizomas de 2,5 a 7,5 cm. Eles são plantados manualmente e cuidadosamente espalhados na camada superior do solo. Cada pedaço de rizoma formará raiz e produzirá novas folhas e rizomas.
Brovália - Browallia americana
- Nome Científico: Browallia americana
- Sinonímia: Browallia viscosa, Browallia elata
- Nome Popular: Brovália, Brovália Azul
- Família: Solanaceae
- Divisão: Angiospermae
- Origem: América Latina
- Ciclo de Vida: Perene
A brovália é um pequeno arbusto muito florífero que vem se popularizando devido à sua rusticidade e beleza. Seu caule é ramificado, de textura herbácea, formando pequenas moitas que alcançam de 40 a 60 cm de altura, por 50 cm de largura. As flores tem o formato de estrela e são geralmente azuis, com o centro branco e piloso. Ocorrem ainda variedades de flores violáceas e brancas. A floração se estende pela primavera e verão. Por sua semelhança com a planta "não-se-esqueças-de-mim" (Myosotis alpestris), a brovália recebeu o nome de "não-se-esqueças-de-mim-da-jamaica".
No paisagismo, a brovália pode ser utilizada em maciços e bordaduras. Sua beleza é modesta, informal e descontraída, e apesar de ser anual, seu florescimento é profuso e duradouro. O tom de azul de suas flores é complementar ao amarelo, tornando a brovália uma companheira ideal para tagetes desta cor. Combina-se ainda com flores de cor lavanda, róseas e violáceas, compondo uma delicado degradeé de cores relaxantes. Ideal também para vasos, jardineiras e cestas suspensas. Por auto-semear-se com facilidade, pode se tornar invasiva em algumas situações.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fertil, bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Apesar de perene, a brovália é cultivada como anual, pois perde o vigor e a beleza com o tempo. Não tolera geadas. Multiplica-se por sementes postas a germinar em estufas no outono e inverno, ou ao ar livre na primavera. As mudas devem ser plantadas no jardim após a última geada. O pinçamento/beliscamento das pontas dos ramos encoraja o adensamento
da planta.
fonte:
Como plantar sementes
Germinar sementes é fácil, basta seguir alguns cuidados.
Foto: Daniel Morrison
A produção de mudas de plantas através de sementes é tarefa geralmente simples, mas que exige alguns cuidados básicos. Ela pode ser feita em bandejas, tubetes, vasos ou saquinhos próprios para mudas. Em casa é possível aproveitar embalagens de garrafas pet, caixas de leite, latas, potes, bandejas plásticas, caixas de ovos, etc, perfazendo uma infinidade de recipientes recicláveis. O tamanho do recipiente é importante e está diretamente relacionado com o tamanho esperado da muda na época de transplante. Mudas de árvores e arbustos se desenvolvem melhor em embalagens maiores, enquanto que plantas herbáceas, como flores anuais, temperos e hortaliças, ficam bem nos menores. Recipientes de mudas podem ser reutilizados, mas é imprescindível que sejam escrupulosamente lavados e esterilizados antes de cada uso, evitando assim a transmissão de doenças entre os lotes. Algumas sementes exigem semeadura diretamente no local definitivo, pois são muito sensíveis ao transplante, como as cenouras por exemplo. Neste caso, prepare bem os canteiros e dispense os recipientes.
Até mesmo saquinhos feitos de jornal podem ser utilizados..
Foto: Jennifer
A escolha das sementes deve ser criteriosa. Elas devem possuir boa genética e serem livres de pragas e doenças. Sementes fracas e contaminadas são certeza de insucesso. Adquira sementes de empresas idôneas e responsáveis por sua qualidade, que fazem testes de germinação regularmente em todos os lotes. Escolha as sementes tendo como critério o local de origem das plantas e a estação do ano. Algumas espécies podem necessitar de frio para o seu desenvolvimento e desta forma não é indicado o seu plantio no centro-oeste, norte e nordeste por exemplo. Outras só devem ser plantadas na primavera, evitando-se as outras estações do ano.
Na maioria das vezes, quanto mais frescas as sementes, melhor é o seu poder germinativo. No entanto, muitas sementes de árvores, arbustos e plantas anuais, possuem dormência, o que faz com que o passar do tempo e das estações seja importante para a sua germinação. Essa dormência pode ser superada no caso de sementes duras de diversas árvores. Técnicas especiais de quebra de dormência, que podem incluir escarificação mecânica, imersão em água quente, ou até mesmo ácido sulfúrico, garantem germinação em tempo recorde e de maneira mais uniforme, facilitando o futuro manejo das mudas. Verifique sempre se as sementes que você está adquirindo necessitam quebra de dormência, para realizar os procedimentos corretamente, evitando frustrações futuras.
Estufas simples podem ser construídas em qualquer cantinho.
Foto: Bev Wagar
Tenha em mente que o substrato ideal para o plantio está estritamente relacionado com o habitat da espécie escolhida. Cactáceas por exemplo, vão necessitar de um substrato mais arenoso. Plantas carnívoras preferirão turfas levementes ácidas e esfagno. Utilize substrato preferencialmente esterilizado, evitando assim que suas sementes entrem em contato com bactérias, fungos ou pragas, e desta forma apodreçam ou sejam devoradas antes mesmo de germinar. É possível comprar substratos prontos para semear, já fertilizados e esterilizados, mas a tarefa de encontrá-los pode ser difícil, então disponibilizamos uma receita simples, que deve funcionar bem na maioria dos casos:
- 1/4 de terra comum de jardim
- 1/4 de areia (ou vermiculita)
- 2/4 de terra vegetal (composto orgânico)
Esterilize o solo, colocando-o no sol até secagem completa, revirando de vez em quando, perfazendo pelo menos 24 horas de solarização. Alternativamente é possível esterilizar o substrato colocando-o no forno por 30 minutos ou no microondas por 3 minutos para cada quilo de substrato.
Não utilize fertilizantes orgânicos não decompostos nesta fase, pois eles podem fermentar matando as pequenas plantas. Evite também o nitrogênio, pois pode ser muito forte para as frágeis raízes em desenvolvimento. No entanto, não abra mão de um bom fertilizante rico em fósforo e potássio, como um NPK 0.20.20, 0.30.20, ou 4.14.8, que garante raízes fortes e vigorosas, além de calcário para neutralizar o pH do substrato, evitando a toxidez por alumínio. Depois de completamente frio, adicione os fertilizantes e coloque o substrato nos recipientes (bandejas, potes, tubetes).
Sementes pequenas são mais facéis de distribuir com
a ajuda de um papel dobrado.
Foto: Dwight Sipler
Faça uma pequena cova e deposite de 2 a 5 sementes em cada tubete, saco plástico ou célula da bandeja. A profundidade de cada sementes deve ser calculada em função do seu tamanho e necessidade de luz para germinar. A regra geral é cobrir cada semente com substrato peneirado em uma camada com cerca de 2 a 3 vezes o seu tamanho. Algumas sementes são tão pequenas que não necessitam ser cobertas. Não esqueça de identificar cada sementeira com uma plaquinha de identificação.
Irrigue com água da torneira descansada, para evitar os efeitos danosos do cloro. A freqüência das regas deve ser o suficiente para manter o substrato úmido, sem encharcar. Se faltar água no processo de germinação das sementes, elas se desidratam e morrem. Utilize para irrigar um regador de crivo muito fino, ou até mesmo um pulverizador, evitando-se assim molestar as sementes. Após a germinação é possível reduzir gradativamente as regas, de acordo com o desenvolvimento das raízes.
Uma janela pode ser o local ideal para germinação. Repare
que os recipientes são biodegradáveis e não precisam
ser retirados no transplante ao local definitivo.
Foto: DrStarbuck
Mantenha em local de bastante luz, porém sem sol direto. O ideal é construir um pequeno viveiro aberto nas laterais e coberto com sombrite, para o verão e locais quentes, ou uma estufa coberta com lona branca ou transparente, para o inverno e em locais frios. Se não for possível, coloque em local que receba luz indiretamente, como uma janela pegando o sol da manhã ou da tardinha, protegido de ventos fortes.
Quando as plantas estiverem com 2 a 3 pares de folhas, faça o raleio, retirando cuidadosamente das sementeiras àquelas que forem mais fracas e doentes, deixando apenas uma em cada célula. As mudas saudáveis, retiradas durante o raleio, poderão ser repicadas (replantadas) em novos recipientes preparados. Depois que as mudas atingirem 10 cm de altura (para herbáceas e arbustos), ou 15 a 20 cm de altura (para árvores), o que se dá cerca de 30 a 45 dias após a germinação; elas poderão ser plantadas para local definitivo ou para recipientes maiores. O transplante é uma ocasião delicada, que exige mãos habilidosas. Ele deve ser realizado preferencialmente em dias nublados e úmidos, e, se não for possível este tempo, prefira transplantar à tardinha. Se efetuado de bandejas sem divisórias utilize um garfo para auxiliar.
A repicagem e o transplante são tarefas delicadas.
Foto: Dwight Sipler
Transplantar de saquinhos e tubetes já é tarefa mais fácil, mas exige igual cuidado. Plante as mudinhas em covas bem dimensionadas, fertilizadas com 150 gramas de esterco curtido e 30 gramas de NPK 04.14.08. Misture bem os fertilizantes e estercos com a terra. Acomode a muda no centro e preencha as laterais com a terra adubada. Cuide para que o colo da muda permaneça no mesmo nível do solo. Irrigue diariamente até o perfeito "pegamento da muda", ou seja, quando ela der claros sinais de desenvolvimento. Respeite o espaçamento entre mudas e entre linhas da espécie que você estiver cultivando.
Uma sementeira bem preparada e identificada.
Foto: Dwight Sipler
Algumas mudas podem necessitar de tutores na fase de transplante, como árvores e trepadeiras, evitando assim tombamentos acidentais enquanto não estiverem fortes e enraizadas. Proteja as mudas de formigas cortadeiras com produtos específicos para este fim.
Por fim, desejo boa sorte a todos os jardineiros que se aventurarem no plantio de sementes. O plantio das suas próprias mudas de plantas ornamentais e hortaliças é uma tarefa realmente gratificante, mas o trabalho não termina por aqui: o cuidado com as plantas deve ser contínuo, não deixando faltar água e nutrientes, fazendo a manutenção com podas e tutoramentos e resguardando-as de pragas e doenças.
fonte:
Escolha do local para plantio da muda.
Preparo da cova de plantio
A cova (buraco) onde será plantada a muda deve ter as dimensões de:
40 cm x 40 cm de boca,
40 cm de profundidade.
Ao abrir a cova, a terra retirada deve ser aproveitada para o enchimento do buraco.
Adubação
Para garantir um melhor crescimento da muda, é recomendável que se faça uma adubação na cova antes do plantio utilizando-se 150 gramas de calcário, 200 gramas de superfosfato simples e adubo orgânico (esterco) bem curtido.
Primeiro faz-se a mistura de 3 partes de terra com uma parte de adubo orgânico e depois acrescenta-se o calcário e o superfosfato.
Essa mistura deve ser utilizada no enchimento da cova.
O calcário e o superfosfato simples podem ser encontrados nas lojas que vendem plantas, produtos agrícolas ou mesmo em alguns supermercados.